sábado, 9 de janeiro de 2010

Uma folga aos vampiros e lobisomens


Para ler sobre sereias.No blog Artigo Subliminar, você baixa os capítulos de A Suprema, uma história contada por partes pelo Andé.Em vez de contar bem mal o básico da história, eu vou colar pra você o prólogo.Mas é bem legal, porque é daquelas histórias que você não consegue adivinhar o que vem em seguida e quer saber o que acontece.E também tem o perfil no orkut, com bannerz lindos *-* e também a comunidade.
Prólogo
- Só mais um segundo...
- Não podemos demorar muito.
- O QUÊ?
Não era minha mãe quem estava me acordando, era uma mulher absolutamente
perfeita, não que eu ficasse achando mulheres perfeitas o tempo todo, apesar de eu ser
bissexual, ainda preferia homens e era difícil alguma mulher me chamar atenção. Bom,
acho que ela ter me chamado a atenção foi o único motivo pelo qual eu não gritei
desesperada. Aqueles cabelos loiros que se ajustavam perfeitamente ao seu rosto oval,
acompanhados de uma boca grossa e delineada e um suave nariz fino.
Mas tudo isso era dispensável comparado aos seus olhos, grandes, com suas pupilas
dilatadas, algo que não entendi, pois o quarto estava claro, a cor da fina íris estava entre
verde e azul, algo que eu não podia definir, e então notei que não havia riscos em suas
Iris, o que era estranho. Eu devia estar com a cara mais horrível do mundo, e ela estava
lá me esperando com uma cara de ‘bom dia’. Então decidi ser indiscreta e perguntar.
- Desculpe, mas, quem é você? E porque seus olhos estão assim? – Não sei por que
ainda não havia gritado, eu tinha motivos.
- Eu posso te explicar no caminho? Bom, teremos tempo suficiente, e seus pais já estão
cientes do que está acontecendo, eles acharam melhor nós virmos pela manhã, para que
você não passasse a noite toda surtando em busca de explicações. Você iria precisar de
energia para hoje. – Ela disse ainda sorrindo, ela era completamente fascinante.
Eu estava prestes a dizer que não, que eu não iria a lugar algum com ela, mas ao
olhar para o bilhete ao meu lado, decidi ir. Estava escrito nas letras da minha mãe e
dizia: “Está tudo bem, vá e em breve te ligo, beijos e te amamos.”. Depois de ler isso só
me restava dizer:
- Ta, vou por uma roupa e estarei pronta em pouco tempo.
Eu entrei no banheiro e vi o que poderia julgar como uma menina comum
acordando pela manhã, na verdade bonita também, sempre me achei bonita, mas nunca
deixei isso explicito, olhei o meu reflexo, nada incomum, branca, levemente bronzeada,
do sol constante de Fortaleza - não que eu não gostasse – olhos castanhos claros, nariz
delicadamente fino, lábios médios, talvez um pouco finos e bem desenhados, cabelo
castanho e ondulado, domado com progressiva, basicamente bonita para os padrões.
Enquanto eu tomei banho e me vesti no banheiro ela colocou todas as minhas
roupas em malas, absurdamente rápido, quando eu entrei no quarto e vi que eu estava
partindo por um longo tempo ou talvez para sempre, a explosão de coisas que eu senti
foram postas facilmente em uma frase:
- É um problema dos grandes, não? – Eu disse. Não da forma descontraída como
deveria soar, mas de uma forma séria e preocupada.
- Eu não diria problema. – Foi tudo que obtive como resposta.
Já eram nove da manhã e eu estava deixando minha cidade em um jato particular
que eu nem sabia de quem era, com uma mulher que eu não sabia nem o nome, e
largando para trás uma vida social, o teste de inglês que eu teria hoje, a minha melhor
amiga, e a minha namorada, consideravelmente muito. Mas esses lamentos foram
interrompidos por uma voz sedosa, aquela mulher de olhos incrivelmente estranhos
estava falando comigo, mas antes de processar o que ela estava falando eu processei
mentalmente, que o piloto do jatinho tinha os olhos como os dela, exceto pela cor, os
olhos dele tinham azul intenso. Finalizando minhas observações comecei a prestar
atenção no que ela estava falando e processar o que ela já havia falo.
- Meu nome é Carol, o seu é Judith, eu já sei. Você quer realmente que eu te explique
tudo que está acontecendo? Espere e veja você mesma.
- Ta bem. – Eu estava realmente interessada em saber o que estava acontecendo, mas
aquele era o tipo de coisa que parecia ser bem melhor descobrir só.
O jatinho pousou suavemente na água, eu estava mexendo em meu colete, nem
sei por que havia decidido usá-lo, quando eu estava sentada ele me apertava, e eu
sempre tinha que ficar abotoando e desabotoando aquela incomodativa peça de roupa.
Eu estava terminando de ajustá-lo, quando levantei minha cabeça e vi algo que no
momento me pareceu completamente surreal.
O que vi me deixou estática, uma ilha linda, envolta por uma suave neblina que
parecia ser vapor de água, com construções modernas que preservavam um pouco de
historia, ao redor muitas pessoas se banhando, mas não era só isso, elas estavam
nadando em uma velocidade incrível. E saltando metros da água para o ar, e havia
alguns casais, e de acordo com minha compreensão, aquilo eram sereias e tritões. Não o
tipo de coisa que todos falam. Não havia caudas da cintura para baixo, apenas trajes de
banho comuns. E aquilo era completamente lindo.
Eu desci do jatinho e com cuidado subi na madeira de uma curta ponte que
estava ligada a beira da praia, nesse momento passou em minha frente uma garota negra
de olhos em um azul intenso e deu oi para Carol depois para mim, e no meio de tudo
aquilo eu tomei um susto com a música “Superafim” tocando no meu celular, era a
Luana, minha melhor amiga.
- Luana você não faz idéia do que eu estou vendo...
- Nem você...
- Eu estou em uma ilha perfeita, com pessoas perfeitas, e nem sei por quê.
- Somos duas.
- ONDE VOCÊ ESTÁ?
- Atrás de você.
Quando me virei vi Luana fechando o celular e vindo me abraçar, ela estava
chorando e sorrindo, seus olhos estavam como o de todas aquelas pessoas, e eram de um
azul intenso, me dei conta de que eu também chorava e sorria, chamo isso de amor.

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